Após shoppings, supermercados limitam uso de estacionamento

A cobrança em estacionamentos de shopping centers da cidade está desencadeando a adoção de posturas parecidas em estabelecimentos próximos. Por causa da demanda de carros que passaram a estacionar no Hiper Bompreço da Av. ACM (vizinho ao Shopping da Bahia), a gerência passou a exigir cupons fiscais de quem ocupa uma das 1.250 vagas.

Ao entrar no estacionamento do supermercado, o motorista é logo informado de que precisa consumir para ter direito a parar.

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Segundo funcionários da empresa Salvador Parking, que atuam no local desde esta segunda-feira, 29, há 30 minutos de tolerância. Após esse prazo, é preciso fazer compras de, no mínimo, R$ 40 para ocupar uma das vagas por até uma hora, e acima de R$ 40, para permanecer por  mais de uma hora e até três horas.

Na entrada, os funcionários também avisam que o  veículo “pode ser rebocado” se ocupar o estacionamento por mais de três horas.

A medida provocou fila ao longo da via marginal no período da manhã, segundo consumidores. A dentista Lisa Couto, 42, questionou a imposição de período. “E se eu demorar na fila do caixa para pagar, o que  eu faço? Isso é errado”, reclamou ao funcionário contratado pelo supermercado.

A mesma prática é adotada no  Bompreço do Salvador Norte Shopping, em São Cristóvão, que conta com estacionamento independente. Os funcionários contratados pelo supermercado estão observando, inclusive, se o tempo em que o carro fica parado é compatível com a quantidade de itens do cupom fiscal mostrado.

Em nota, o Bompreço negou que esteja  rebocando  veículos ou orientando quanto ao reboque. A empresa disse ainda que a medida [orientação quanto à exigência de consumo] visa facilitar o acesso dos clientes às vagas disponíveis, uma vez que coíbe o uso indevido do estacionamento.

A  Superintendência de Trânsito de Salvador (Transalvador) observou, por meio da assessoria, que não tem parceria com o estabelecimento para fazer as remoções. Segundo o diretor de fiscalização da Superintendência de Defesa do Consumidor (Procon), Iratan Vilas Boas, o centro de compras precisa ter licença para cobrar para estacionar.

“Não importa se a cobrança é feita direta ou indiretamente, é preciso ter licença. Se soubermos que os clientes estão sendo cobrados, fiscalizaremos o local”, afirmou Iratan. Ele lembrou que  o reboque de veículos não é permitido porque o Hiper Bompreço não tem competência para isso.

Conforme a Secretaria de Urbanismo de Salvador (Sucom), a empresa ainda não solicitou termo de viabilidade de localização (TVL) para legalizar a cobrança. A Associação Bahiana de Supermercados (Abase) informou que os empresários ainda não comunicaram interesse para o negócio.

Fonte: A Tarde

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