Após polêmica com a Lambasaia, grupo de mulheres garante que não tem nada contra a banda

Por: Reprodução/Youtube

Depois de emitir nota repudiando a contratação da banda Lambasaia para apresentação no Camaforró, o grupo Mulheres Unidas de Camaçari foi alvo de apoio e também de críticas. Diante da repercussão, o movimento feminista voltou a se posicionar, esclarecendo não ter nada contra os músicos, e que o foco do protesto é direcionado à prefeitura, que ao anunciar o grupo musical na grade atrações descumpre a Lei Estadual nº 12.573, de 11 de abril de 2012, mais conhecida como “lei antibaixaria”.

Em nova nota, assinada por Marlone Pereira, líder do Mulheres Unidas de Camaçari, o grupo enumera as justificativas contra a apresentação da Lambasaia, que, segundo o movimento, carrega discurso de incentivo à violência nas letras das músicas.

A lei antibaixaria visa vetar o uso do dinheiro público na contratação de artistas cujas músicas desvalorizem as mulheres.

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Confira o esclarecimento:

1) Vamos seguir sempre defendendo a vida, o respeito e a imagem da mulher, crianças e adolescentes e todos aqueles denominados pelo sistema de “minorias”. E enquanto cidadãs estamos atentas, fiscalizando e cobrando das autoridades que se façam cumprir a nossa constituição federal.

2) Queremos deixar bem claro que não temos nada pessoal contra os integrantes da banda, nem quanto ao o ritmo da mesma, nosso objetivo é mostrar aos munícipes a violência que está por trás das LETRAS das “músicas” sendo associadas ao lazer, cultura e diversão. E isso não admitimos. Aproveitando o ensejo sugerimos que os mesmos façam uma reflexão a respeito.

3) As letras das “músicas” retratam e associam as mulheres ao um ser violento, (Quando eu abracei a Yasmim, ela jogou água quente em mim) desequilibrado, (Só por que falei “Oi Iraci, tudo bem?”, ela puxou um facão pra mim) onde elas não se respeitam, desrespeitam o parceiro e a outra mulher, nem as leis que regem o nosso país; (Ela disse que se eu trair, ela me mata) e atribuir isso a diversão através da música é um absurdo. Outro ponto bem preocupante é do homem citado na música que deixa claro que a mulher é um instrumento exclusivamente sexual e um relacionamento abusivo (Até murro na boca ela me pede, essa mulher tem arte do satanás!) é sustentado apenas pelo fato dela o satisfazer (Tu é mulher pistoleira, Eu gosto de transar com você, eu gosto de transar com você).Ligar essas letras das músicas a nossa cultura, ou como algo “normal”; não são bem vindas aqui (as letras), nem representa a mulher camaçariense.

4) A letra da “música” Mulher Psicopata erroneamente é associada a alegria e uma “maluquice”. Mais há um mal por trás deste contexto que nós do grupo Mulheres Unidas observamos e acreditamos que a banda citada passou despercebida, e devemos alertar a todos, pois a pessoa diagnosticada como psicopata segundo psiquiatras ela tem um distúrbio no cérebro e diferente uma pessoa normal deve viver isolada da sociedade por não ter emoções, é fria e tem uma direta inclinação para ferir e matar o próximo. Nosso dever por questão de consciência e empatia é não aceitarmos tais letras onde tenta mostrar diversão em algo tão sério.

5) O Bullying nas escolas e no ambiente onde tem jovens (festas) é algo muito sério, não podemos esquecer a tragédia de Suzano no interior de São Paulo e muitos outros. O nome citado na Letra da “musica” Oh, Carol eu quero transar com você, incentiva claramente o bulliyng e assim como as demais “musicas” não contribui em nada para a formação intelectual, cultural e do verdadeiro entretenimento saudável para os nossos jovens. Nós membras do grupo lutamos de forma pacífica conscientizando as pessoas que o ambiente de respeito deve estar em todo lugar incluindo nas letras das músicas. Repensem!

Por fim nós do grupo Mulheres Unidas estamos aguardando a análise do MPBA, pois a prefeitura municipal de Camaçari descumpriu a lei estadual nº 12.573 de 11 de abril de 2012 a lei Antibaixaria, criada pela ex-deputada Luíza Maia.

Quanto a banda Lambasaia tocar no Camaforró sugerimos que os integrantes troquem seu repertório, ou toque apenas o ritmo sem as letras de suas “músicas” e que as futuras letras seja algo construtivo levando alegria, respeito e empatia para todos.

Por BNews

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