Nesta quinta-feira (13), ocorreu a tão aguardada audiência sobre o caso de doping de Anderson Silva. O lutador, juntamente com seu advogado, e uma tradutora, compareceu frente à Comissão Atlética de Nevada para apresentar sua defesa. Esperava-se apenas uma audiência de caráter informativo, mas, devido a aparente falta de preparação da equipe de defesa do ex-campeão, foi alcançado o resultado definitivo: 12 meses de suspensão, devolução de 30% da bolsa da luta contra Nick Diaz, e necessidade de apresentar um exame antidoping limpo antes de aplicar para licença para uma possível próxima luta. Além disso, o resultado da luta contra Nick Diaz foi, de maneira definitiva, alterado para “No Contest”.
Desde o início da audiência, a defesa de Anderson Silva parecia perdida. Com depoimentos inconsistentes, constantemente criticados pela bancada da Comissão, pareciam se apoiar na carreira exemplar de Anderson e no fato de o atleta nunca ter tido nenhuma polêmica com o doping antes do ocorrido. Outro grande problema foi com a tradutora Cristiane Mersch, que, em vários momentos, se enrolou ao traduzir as perguntas da bancada para Anderson, e as respostas do lutador para a bancada, formando um verdadeiro “telefone sem fio”. Em certo momento, após a Comissão sugerir que a defesa aceitasse um breve recesso na audiência, para se reorganizar, o empresário de Anderson, Ed Soares, assumiu a responsabilidade pela tradução. Anderson Silva se mostrou inquieto desde o começo da audiência, e inicialmente, se recusou a responder as perguntas da bancada sobre o uso do estimulante sexual, que teoricamente continha os anabolizantes detectados no sangue do “Spider”. Após o recesso, provavelmente orientado por seus representantes, Anderson passou a falar mais, mas acabou se contradizendo em vários momentos.
Os depoimentos inconsistentes e contraditórios da defesa do atleta pareceram, em diversos momentos, irritar bastante os membros da Comissão, que, no final das contas, recusaram completamente os argumentos apresentados e optaram pela punição máxima prevista pelas regras antigas da Comissão, que estavam em vigência no momento em que o “Spider” caiu no antidoping.
Vale lembrar que a suspensão de 12 meses recebida por Anderson é retroativa, ou seja, é calculada a partir de sua última luta – contra Nick Diaz, no dia 31 de janeiro – o que significa que o brasileiro pode voltar à ação em fevereiro de 2016, desde que apresente um exame antidoping limpo frente à Comissão.
*Esporte Interativo
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