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Adolescente é morto a tiros após assaltar churrascaria de Piatã

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Gabriel Amarilton Bento Costa, 17 anos, fugia com comparsa quando os dois foram baleados

Gabriel Amarilton Bento Costa, 17 anos, foi morto a tiros na tarde dessa quinta-feira (13), em Piatã, após assaltar uma churrascaria no bairro. Ele e Gessé de Souza Oliveira, 19, tinham acabado de assaltar cerca de 30 clientes do restaurante Laço Gaúcho que fica próxima ao Atakarejo, na Avenida Octávio Mangabeira, quando foram surpreendidos pelos disparos de autoria ainda desconhecida da polícia. Houve correria.

Segundo o delegado ACM Santos, titular da 12ª Delegacia (Itapuã), a dupla chegou ao local em uma moto Honda preta, placa JQK 3791, e já entrou no local anunciando o assalto. “Eles já chegaram ao local anunciando o assalto. Segundo uma testemunha, eles foram muito violentos. Roubaram celulares, carteias, relógios e, na fuga, foram atingidos”, explicou.

Ainda segundo o delegado, Gessé portava um revólver calibre 38 niquelado, isto é, possuía um revestimento contra ação do tempo. A arma foi apreendida com 4 munições deflagradas e uma intacta. Ele já possuía uma passagem na polícia por briga. Já Gabriel – que vestia farda de uma escola da rede estadual no momento da ação – não estava armado. Ele tinha a função de recolher os pertences. O adolescente já possuía passagem por roubo de motocicleta e porte de droga.

Segundo a Secretaria de Educação do Estado da Bahia (SEC), Gabriel não estava matriculado na rede estadual de ensino. De acordo com o delegado, a prática do uso de uniforme escolares tem se tornado recorrente entre assaltantes. “Eles (assaltantes) estão usando fardas de escolas para poderem se camuflar e assaltar as pessoas. A prática tem se tornado comum”, disse o delegado.

Após a ação, os dois baleados foram socorridos por policiais militares para o Hospital Menandro de Farias, em Lauro de Freitas. Segundo informações da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Gabriel já chegou na unidade médica sem sinais vitais. Já Gessé sofreu uma fratura em um dos braços, recebeu os primeiros socorros no Menandro e será transferido para outra unidade hospitalar. A Sesab, no entanto, não soube dizer para onde ele será levado nem a quantidade de tiros que ambos receberam.

Na saída da 12ª Delegacia, a mãe de Gessé, que não quis se identificar, procurou a reportagem do CORREIO e informou que o filho trabalhava como prestador de serviços gerais. Questionada sobre o local de trabalho e há quanto tempo ele exercia a profissão, a mãe de Gessé disse que “não sabia”, e que ele “trabalha avulso, quando era chamado”.

Investigação
Questionado pela reportagem do CORREIO, o delegado Antônio Carlos informou que o local não possui seguranças e que, segundo o gerente do estabelecimento, as câmeras do circuito interno não estavam funcionando no momento da ação. Uma testemunha já foi ouvida e outras duas ainda são esperadas na delegacia para prestarem depoimento e recolherem os pertences roubados. Durante o tiroteio, o carro de uma das clientes do estabelecimento foi atingido. O caso continuará sendo investigado pela 12ª Delegacia.

Segundo uma testemunha do assalto, que preferiu não ter o nome divulgado, houve correria no momento da ação. “Eu estava atendendo um cliente, quando ouvi uma gritaria. Olhei para o lado do restaurante e só ouvi o pipoco. Parecia uma metralhadora disparando. Nessa hora, todo mundo correu, não ficou ninguém. Tentei me esconder e vi na hora que eles (assaltantes) correram para o lado da orla. Um caiu já perto da areia”, relatou.

Outros casos
Segundo o delegado ACM Santos, a delegacia já havia recebido outros relatos de que dois homens em uma moto de mesmas características estavam praticando assaltos em outras localidades de Salvador. “A história dessa moto preta já é famosa. Temos informações de que exista uma moto com essas mesmas características realizando assaltos em Alto do Coqueirinho, Placafor, na (Avenida) Dorival Caymmi). Estamos tentando identificar se é a mesma que prendemos hoje”, concluiu.

*Correio da Bahia