Juliana Paes, foi exonerada, em uma reforma administrativa feita pela prefeitura no início de abril deste ano. Decisão foi publicada no Diário Oficial do Município.
A ex-secretária de Desenvolvimento Urbano (Sedur) de Camaçari, cidade da região metropolitana de Salvador, Juliana Paes, foi nomeada para o cargo de assessora especial da secretaria de governo da prefeitura de Camaçari. A nomeação foi publicada no Diário Oficial do município de quarta-feira (18), mas o decreto foi da última segunda-feira (16).
Juliana foi acusada pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) de liderar uma suposta quadrilha que cobrava propina para liberar a execução de obras no município, e o orgão estadual ainda pediu o afastamento dela do cargo da Sedur. Inicialmente, a Justiça acatou, mas, com um recurso, Juliana conseguiu se manter no cargo.
A ex-secretária foi exonerada em uma reforma administrativa feita pela prefeitura de Camaçari e pasta passou a ser comandada por Silvia Carreira. Na ocasião, a prefeitura da cidade informou que a mudança ocorria para “oxigenar o governo”.
Quando foi exonerada, Juliana disse ao G1 que a exoneração não estava relacionada com a acusação do Ministério Público, que segundo ela, não foram provadas.
Denúncias
O MP denunciou a secretária no dia 8 de fevereiro por crimes de associação criminosa, corrupção passiva e peculato. Segundo o promotor de Justiça Everardo Yunes, a secretária e o marido chefiavam uma quadrilha que exigia propinas de empresas e investidores interessados na aprovação de empreendimentos imobiliários de médio e alto luxo em Camaçari.
O órgão afirma que representantes de cinco empresas e duas testemunhas prestaram depoimento e confirmaram cobrança de propina pela secretária, entre elas o subsecretário da pasta, José Matos, que pediu exoneração do cargo.
“Temos o depoimento, inclusive, do próprio subsecretário dela, que foi o terceiro ou quarto a depor aqui, confirmando todos os fatos e que ele se mostrava muito indignado”, disse o promotor Everardo Yunes, responsável pelas denúncias. A secretária, no entanto, negou as acusações.
Outras seis pessoas apontadas como participantes do esquema, dentre elas quatro servidores públicos, também foram denunciados. Com informações do G1
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