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Em áudio, policial diz ter provas que não estuprou adolescente durante corrida do Uber

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Por BNews

O policial militar suspeito de estuprar uma adolescente de 17 anos, enquanto dirigia pelo aplicativo Uber, desmentiu a versão apresentada pela garota. Através de um áudio que circula pelo Whatsapp, Agnaldo Alves Boa Morte se diz inocente e declara ter provas que não cometeu o abuso.

“Eu tenho provas que não foi eu, porque no local onde a deixei, tem câmeras e mostra que ela saiu ilesa do carro e em seguida fui embora. Ela diz que a corrida foi da Sussuarana para Plataforma, mas na verdade, foi do Novo Horizonte para o condomínio Central Park, na Avenida Ulysses Guimarães, que também fica na Sussuarana”, diz um trecho da gravação.

Ainda segundo o policial, o GPS do aplicativo será usado como prova para mostrar que não houve desvio no trajeto solicitado pela adolescente. “O GPS vai mostrar a nossa rota e a Uber pode mostrar também o nosso percurso. Eu não fiz nada disso. Já entrei com o advogado para comparecer e fazer a amostra de sangue, porque ela alega que o ato foi praticado sem camisinha. Ela fez exame de corpo de delito e eu também estou disposto a isso. Eu não cometi crime e eu vou provar isso”, acrescentou.

Versão da vítima

De acordo com o familiar, a jovem estava na casa do namorado, em Sussuarana Nova, no último dia 25, quando solicitou o carro pelo aplicativo, no início da noite, para leva-la até Plataforma, no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Porém, o motorista desviou o caminho e a levou para uma rua deserta nas imediações da avenida Paralela, onde praticou o estupro.

Após o abuso, Agnaldo tomou o celular da adolescente e apagou o aplicativo para dificultar sua identificação junto à plataforma. Durante o crime, os dois entraram em luta corporal e a jovem sofreu cortes nos braços provocados por um estilete, que estava em posse do motorista. “Ela ficou em pânico e não sabe bem o local em que ele parou. Ela gritou muito, chorou, mas o carro tem película escura”, contou o tio.

Em seguida, a vítima foi abandonada em uma rua, ainda no bairro de Sussuarana, onde foi socorrida por populares após desmaiar. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) prestou atendimento e a encaminhou para o Iperba. Por causa do estupro, a jovem, que já recebeu alta médica, está tomando coquetel de remédios e está recebendo acompanhamento psicológico.

Afastamento da corporação

Após ser identificado como policial militar, Agnaldo Alves foi afastado da corporação. Em nota, a Polícia Militar informou que o soldado era lotado na 19ª Companhia Independente, do bairro de Paripe, e responderá a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Confira a nota na íntegra:

“A Polícia Militar, por meio da Corregedoria, instaurou um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD) para apurar o envolvimento do policial militar acusado de violentar uma jovem no momento em que a transportava como condutor de Uber. Assim que recebeu a denúncia através da corregedoria da corporação, a 19ª CIPM, unidade na qual o militar é lotado, afastou o soldado das atividades operacionais enquanto transcorre a investigação. A PM faz apuração na esfera administrativa e o resultado do PAD pode implicar até na demissão do militar. Já a investigação do crime é feita pela Polícia Civil”, diz o comunicado.

Uber

Já a Uber afirmou, em contato com o BNews, que o motorista já foi banido da plataforma. “Este tipo de comportamento é absolutamente intolerável e o motorista já foi banido da plataforma. A Uber está em contato com a família da vítima para oferecer assistência e se colocou à disposição para colaborar com as autoridades no curso das investigações. Vale lembrar que nenhuma viagem na Uber é anônima e este tipo de comportamento, se confirmado, leva ao imediato desligamento da plataforma. Acreditamos na importância de combater, coibir e denunciar casos de assédio e violência contra a mulher”.